Tu que me prendes!
Aqui!
A esta Terra!
A esta vida!
A este caminho
a que chamam destino!
Tu que me impedes
de partir,
de ir,
para o outro lado do mundo,
para o outro lado da vida.
Eu que,
de espírito livre nasci,
de espírito livre cresci,
me faço por ti, preso,
com amor e gosto.
Tu que defines e prendes a minha essência!
Essa inconstante, feita de ansiedade,
que procura regressar ao começo de tudo…
Do mundo e de mim.
Tu que atestas a salvação
deste vazio inerte e esperançoso,
que se apaga e desprende.
Esse vazio feito de mim,
que se enche de ti!