18 de novembro de 2009

Tu...




Tu que me prendes!
Aqui!
A esta Terra!
A esta vida!
A este caminho
a que chamam destino!

Tu que me impedes
de partir,
de ir,
para o outro lado do mundo,
para o outro lado da vida.

Eu que,
de espírito livre nasci,
de espírito livre cresci,
me faço por ti, preso,
com amor e gosto.
Tu que defines e prendes a minha essência!
Essa inconstante, feita de ansiedade,
que procura regressar ao começo de tudo…
Do mundo e de mim.

Tu que atestas a salvação
deste vazio inerte e esperançoso,
que se apaga e desprende.

Esse vazio feito de mim,
que se enche de ti!

13 de novembro de 2009

Quero!






Quero despir-te!


Da tua roupa.
Dos teus medos.
Dos teus anseios
e receios.


Quero consumir o teu fogo!

Ser o eclipse dessa tua vontade.
Apagar o intenso desejo,
que está no fundo de ti.
Aquele que borbulha,
selvagem e animal,
no teu contido âmago,
longe de exibições.


Quero colocar essa tua fome,
à tona da tua pele,
no respirar do teu corpo,
no flamejar dos teus olhos,
no sussurro dos teus lábios,
no movimento do teu peito,
no delírio do teu ventre,
no abraço das tuas coxas,
no frenesi húmido de ti.

Quero possuir-te!
Desbravar o teu corpo,
explorar a tua entrega,
descobrir o teu prazer,
saturando o teu corpo de desejo.
Obtendo de cada beijo, um sussurro
de cada carícia, um arfar
de cada afago, um cicio.

Quero ser aliado na consumação do teu desejo.
Ser testemunha da tua explosão.
Desse momento único.
Em que bradas ser mulher com ganas de imortal.

Pleno!
Belo!